O projeto rePLANT implementou novas soluções tecnológicas para gerir a deteção de fogo no Parque das Serras do Porto.
Na passada segunda-feira, dia 15 de maio, mais de cinco mil hectares, cerca de 85% do Parque das Serras do Porto, foi coberto por quatro câmaras óticas com alcance de dez quilómetros e capazes de detetar fogo mesmo na “escuridão”.
Os equipamentos foram apresentados, em Paredes, por dois dos responsáveis do projeto tecnológico rePLANT, Carlos Fonseca, diretor científico e tecnológico do CoLAB ForestWISE, e Xavier Viegas, responsável pelo projeto das câmaras óticas e do simulador de incêndios, da Universidade de Coimbra.
O presidente da Câmara Municipal de Paredes, Alexandra Almeida, e também presidente da Associação Parques das Serras do Porto, acompanhou a apresentação do rePLANT e afirmou que para “além das quatro câmaras instaladas foram introduzidas mais inovações tecnológicas, como é o caso dos robôs, que vão fazer a limpeza da floresta e das aplicações móveis para gerir a evolução das novas espécies plantadas, que contribuem para o grande desígnio de colocar o Parque das Serras à disposição da população”.
O autarca destacou, ainda, que “é uma sorte ter três companhias privadas, a Sonae Arauco, a REN e Navigator, que são proprietários de parte dos seis mil hectares do Parque das Serras, com os mesmos interesses na gestão do território”.
Segundo Carlos Fonseca, um dos responsáveis pelo projeto, são “quatro câmaras que abrangem 5,1 mil hectares, ou seja, 85% do território. Estas câmaras têm um alcance de dez quilómetros e funcionam em 360 graus 24 horas por dia”.
O Parque das Serras do Porto é composto por seis serras (Santa Justa, Pias, Castiçal, Santa Iria, Flores e Banjas) e abrange os municípios de Gondomar, Paredes e Valongo, na Área Metropolitana do Porto, com uma extensão de quase 6.000 hectares, uma área que passou a estar sob vigilância do projeto rePLANT.
In, A Verdade, 16 Maio 2023