O rePLANT, um projeto tecnológico inédito que junta empresas, universidades e centros de investigação para a valorização e defesa da floresta, apresentou hoje no Parque das Serras do Porto, tecnologias inovadoras de defesa e gestão da floresta e do fogo.
Entre elas destaca-se a monitorização da floresta através de câmaras óticas, já instaladas naquele espaço natural, que ajudam a simular e prever o comportamento do fogo, novos sensores digitais e processos para as máquinas florestais e a utilização de robótica nas operações florestais de limpeza das matas.
O rePLANT, um projeto tecnológico inédito que junta empresas, universidades e centros de investigação para a valorização e defesa da floresta, apresentou , esta quinta-feira, no Parque das Serras do Porto, tecnologias inovadoras de defesa e gestão da floresta e do fogo.
Entre as varias tecnologias apresentadas, esta segunda-feira, destacam-se a monitorização da floresta através de câmaras óticas, já instaladas naquele espaço natural, que ajudam a simular e prever o comportamento do fogo. Novos sensores digitais e processos para as máquinas florestais e a utilização de robótica nas operações florestais de limpeza das matas foram também apresentados.
O presidente da Câmara de Paredes e presidente da Associação Parque das Serras do Porto, Alexandre Almeida, destacou que nos primeiros anos esta associação fez uma série de estudos que apontaram no sentido de que fosse feito um plano de gestão das serras, assim como a defesa da floresta contra os incêndios.
O chefe relevou a importância destes produtos tecnológicos e da inovação ao serviço da sustentabilidade da floresta, recordando que este é um projeto vital que conta com várias universidades e empresas.
O autarca recordou que ao nível das câmaras óticas 85% dos seis mil hectares de floresta irão estar monitorizados para a deteção de incêndios.
A vice-presidente da Câmara de Valongo, Ana Maria Martins Rodrigues, relevou, também, a importância deste projetos e dos produtos tecnológicos que foram apresentados, hoje, para a monotorização e sustentabilidade da floresta.
“Numa altura em que estamos confrontados com alterações climáticas, estes projetos são fundamentais para preservar este importante ativo das Serras do Porto e promover uma gestão sustentada da floresta”, expressou.
Carlos Fonseca, diretor Científico e Tecnológico do CoLAB ForestWISE, que coordena o projeto juntamente com a Navigator Forest Portugal, explicou que “as tecnologias que hoje apresentamos fazem parte de um leque de resultados e produtos que derivam deste projeto mobilizador que junta o melhor conhecimento técnico-científico das entidades empresariais e não empresariais que formam o rePLANT”.
“Foram três anos de trabalho em prol do futuro da floresta, com soluções que contribuem para o seu desenvolvimento sustentável e para a valorização de toda a cadeia de valor florestal”, referiu.
Refira-se que este projeto tem, também, como objetivos “desenvolver a floresta, torná-la mais segura e provar que pessoas e máquinas podem colaborar entre si, criando um ecossistema de maior proteção ativa, é o mote do rePLANT, iniciativa apoiada pelo Compete/Portugal 2020, através dos programas POCI e Lisboa 2020”.
O rePLANT pretende ter impacto em “todo o ecossistema produtivo e empresarial do setor florestal, melhorando a segurança das populações com os sistemas de prevenção e combate aos incêndios, enquanto reduz as ameaças à biodiversidade e aumenta a resiliência da floresta e das infraestruturas. E inovar na valorização da floresta, mais produtiva, eficiente e com menor risco, garantindo a competitividade do setor”.
Sistemas de Apoio à monitorização de incêndios florestais
A REN e a Universidade de Coimbra instalaram sistemas de vigilância nos postes da REN localizados no território do Parque das Serras do Porto.
“Compostos por câmaras óticas e térmicas, estes sistemas têm a função de monitorizar, proteger e antecipar o impacto dos incêndios rurais na floresta, fornecendo imagens em tempo real, com informações sobre a meteorologia e a vegetação. A investigação científica irá permitir simular o comportamento do fogo e monitorizar os incêndios, contribuindo para a resiliência e integridade da floresta e das infraestruturas”, lê-se na nota informativa que adianta que as boas práticas da gestão florestal implicam a “utilização de ferramentas de monitorização que facilitam a tomada de decisões, como, por exemplo, o inventário florestal”.
Durante o projeto desenvolveram-se “tecnologias que possibilitam, à distância e de forma automática, a recolha de informação dos equipamentos associados às operações de exploração florestal”.
Novos equipamentos para a gestão de combustíveis utilizando robótica
O INESCTEC testou o robot Modular-E em tarefas de limpeza da floresta ao longo das linhas de plantação. Realizaram também alguns testes preliminares no Parque das Serras do Porto com resultados que permitiram tirar conclusões para a melhoria do equipamento. Com uma precisão de registo centimétrico, este equipamento tem a capacidade de detetar áreas que necessitam de limpeza com uma margem de erro mínima. Além disso, é compacto e acessível, tornando-o uma solução prática e económica para a manutenção da floresta.
“O rePLANT está estruturado em três grandes áreas de atuação. A Gestão da floresta e do fogo (liderada pela Sonae Arauco e pelo Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa); a Gestão do risco (sob coordenação da REN – Redes Energéticas Nacionais e da Universidade de Coimbra); e Economia circular e cadeias de valor (sob gestão da Navigator Forest Portugal e do ForestWISE). Liderado pela Navigator Forest Portugal, com a coordenação técnico-científica do CoLAB ForestWISE, o rePLANT tem um investimento de 5,6 milhões de euros”, refere a mesma nota informativa.
In, Novum Canal, 1 Maio 2023