Tal como sabemos, as infraestruturas de transporte de eletricidade que se encontram em zonas rurais são impactadas pelos incêndios florestais. Por essa razão, é essencial recorrer a ações de prevenção, alerta, atuação e monitorização de incêndios florestais que garantam uma boa gestão do sistema elétrico nacional e a continuidade de serviço das suas infraestruturas.
O papel da REN neste domínio baseia-se em três eixos interligados: prevenção, relacionada com as políticas de gestão da vegetação; planeamento e preparação, que envolve a definição de medidas preventivas a adotar em cada época de incêndios e atuação e resposta, com o envolvimento de várias equipas de prevenção e vigilância, nomeadamente de um grupo permanente de acompanhamento dos incêndios em articulação com todas as áreas operacionais da empresa.
Um dos aspetos centrais de atuação da REN prende-se com a gestão da vegetação, cujo objetivo é minimizar o elevado risco de danos que podem ocorrer nas infraestruturas elétricas que estão no espaço florestal. Existindo uma forte relação entre a defesa destas infraestruturas energéticas e a defesa da floresta contra incêndios, através da compartimentação da floresta, é conferida resiliência aos territórios onde estas estão instaladas e uma maior segurança à operação das infraestruturas.
Para além da articulação com os agentes da proteção civil e a sua atuação no âmbito da prevenção, alerta e atuação em caso de incêndio, a REN tem apostado no desenvolvimento de soluções inovadoras que melhorem constantemente a sua atuação a estes níveis, nomeadamente através da sua participação no projeto rePLANt.
Para além do simulador desenvolvido pela Universidade de Coimbra e whereness, a REN está a instalar sistemas de monitorização nas infraestruturas de três zonas de demonstração, selecionadas pela sua diversidade de território, mas com o mesmo perfil no que diz respeito à pressão de incêndios rurais. Neste momento, está instalado o primeiro sistema no Parque Serras do Porto, tendo sido precedido por ensaios laboratoriais em ambientes adversos com campos elétricos e magnéticos, testes a métodos de instalação e treino de equipas, de forma a agilizar a montagem dos restantes sistemas no Parque das Serras do Porto e nas zonas centro e sul do país.