Para potenciar a capacidade de proteger as infraestruturas críticas localizadas na floresta, o consórcio rePLANt, através da Universidade de Coimbra e da whereness, está a desenvolver um simulador da propagação de incêndios florestais integrado com uma solução SIG, que pretende dar apoio na proteção das infraestruturas situadas em locais críticos e propensos a incêndios rurais.
Estes dois parceiros apresentaram os avanços realizados, com uma breve demonstração de simulações de propagação dos incêndios florestais que ilustram os modelos de comportamento do fogo e da dispersão do campo dos ventos que têm vindo a ser desenvolvidos.
A solução funciona com base num sistema de vigilância vídeo (visível e infravermelhos) que envia alarmes sobre as ocorrências detetadas, a sua localização, as condições climatéricas do momento e o potencial de propagação do evento de fogo.
Esta informação, além de ser considerada nas salas de despacho e operação de redes, de gás e eletricidade, como input para a gestão destes sistemas transporte de energia, é enviada às equipas de campo.
Na demonstração do funcionamento desta solução, os parceiros comprovaram que é possível prever o comportamento do fogo, inserindo as variáveis que o caracterizam e o contexto em que ocorre.
Num momento em que assistimos a cada vez maiores períodos de seca extrema devido às alterações climáticas e, consequentemente, a grandes eventos de incêndios, esta solução tecnológica mostra-se capaz de melhorar a proteção às infraestruturas críticas presentes na floresta.
Além disso, está cientificamente comprovado que tem um elevado custo-benefício, na medida em que o investimento aplicado a este tipo de sistemas consegue, por norma, ser recuperado em oito vezes, resultando numa poupança em danos materiais e perdas florestais.