GESTÃO DA FLORESTA
E DO FOGO
LIDERANÇA
Sonae Arauco Portugal
Instituto Superior de Agronomia
INVESTIMENTO
2M€
SÍNTESE
A 1ª linha de atuação é liderada pela Sonae Arauco Portugal e pelo Instituto Superior de Agronomia e conta com um investimento de 2 milhões de euros para a implementação de estratégias que criam processos, produtos e serviços de gestão da floresta e do fogo.
É desenvolvida investigação em espécies/proveniências de Pinus spp. mais produtivas e mais adaptadas às alterações climáticas, bem como novos modelos de gestão florestal sustentável para as principais espécies florestais portuguesas, de forma a aumentar a sua produtividade, resiliência ao fogo e adaptabilidade às alterações climáticas
Em complemento, é também levado a cabo trabalho de investigação em tecnologias digitais e de deteção remota que permitam avançar no nível de conhecimento das florestas e da biomassa florestal, com custos mais baixos do que os métodos usados atualmente.
Esta linha de atuação atua nas seguintes áreas:
Implementação de estratégias que criam processos, produtos e serviços de gestão da floresta e do fogo.
MELHORAMENTO GENÉTICO
Vai contribuir para a redução do risco de incêndio e para o aumento dos rendimentos
Esta área de atuação foca-se na introdução no mercado de espécies/proveniências de Pinus spp. que sejam mais resilientes, mais produtivas e que, através da geração de maiores rendimentos, possam fomentar o reinvestimento na floresta nacional.
Nas últimas décadas, a área de pinhal bravo reduziu cerca de 27%, devido aos incêndios, a pragas, a doenças e à baixa produtividade da espécie resultante de práticas de gestão ineficazes. Esta baixa produtividade leva à falta de reinvestimento, que por sua vez agrava o risco de incêndios e coloca em perigo toda a cadeia de valor.
Com estes desafios, torna-se claro que é preciso renovar a fileira do pinho com espécies que sejam mais resilientes, mas também mais produtivas.
ATIVIDADES
A área do Melhoramento Genético realizará as seguintes atividades:
Investigação de espécies florestais mais produtivas e mais adaptadas às alterações climáticas
Introdução no mercado de espécies florestais que permitam aumentar os rendimentos gerados pelos produtores
MODELOS SILVÍCOLAS E RESILIÊNCIA
O foco desta área de atuação é o desenvolvimento de modelos silvícolas que vão potenciar a aplicação das melhores metodologias para potenciar os ativos florestais.
Em Portugal, continuam a existir inúmeras questões por responder face à gestão de pinhais regenerados por regeneração natural (i.e., regeneração das árvores que resulta de incêndios ou do corte de árvores), como por exemplo “Qual a dimensão ideal das árvores para ser feita a redução?”, ou “Como fazer a redução do número de árvores?”. Para além disso, mais de 28 mil km de linhas aéreas de distribuição de energia elétrica estão presentes em espaços florestais e uma parte dessa rede integra a rede secundária das faixas de gestão de combustível para proteção passiva de infraestruturas e de isolamento de potenciais focos de ignição.
Assim, nasceu a necessidade de desenvolver novos modelos de silvicultura para diferentes contextos de aproveitamento da regeneração natural em povoamentos de pinheiro-bravo.
Desenvolvimento de novos modelos de silvicultura para aproveitamento da regeneração natural.
ATIVIDADES
A área do Melhoramento Genético realizará as seguintes atividades:
Desenvolvimento de novos modelos silvícolas
Avaliação das disposições técnicas existentes no enquadramento legal aplicável
Desenvolvimento de modelos para a gestão da vegetação das zonas de proteção e das faixas de gestão de combustível às linhas elétricas
Desenvolvimento do manual técnico de apoio à instalação de novas plantações Pinus spp
Desenvolvimento do manual técnico de gestão de vegetação sob linhas elétricas
TECNOLOGIA PARA O CONHECIMENTO DA FLORESTA
Permitem a recolha de mais informação, com menores custos de mão de obra.
Através do uso de novas tecnologias para o conhecimento da floresta, o rePLANt vai recolher informação e avaliar o estado atual das florestas, que representa a fase inicial do planeamento florestal adequado.
Em Portugal, já são utilizados sensores e tecnologias que permitem complementar, e por vezes substituir, as técnicas convencionais de recolha de informação florestal (ex: amostragem e medição de parcelas no terreno).
Estes novos equipamentos de deteção remota permitem a recolha de mais informação, com menores custos de mão de obra. Adicionalmente, existe também o conhecimento sobre o processamento desses dados que permite apoiar as tomadas de decisão.
Logo, é necessário conjugar a tecnologia e o conhecimento existente, de forma a conseguir aplicá-los face à realidade da floresta portuguesa.
FOCOS
A área da Tecnologia para o Conhecimento da Floresta estará focada no:
Desenvolvimento da Carta de Ocupação Florestal online
Desenvolvimento de mapas de estimativa de biomassa potencial
Recolha de informação florestal específica
TECNOLOGIA PARA INVENTÁRIO FLORESTAL
Esta área de atuação vai testar a utilização de aplicações móveis para recolha de dados dendrométricos, com o objetivo de reduzir significativamente os custos associados a este processo.
Tem-se verificado um interesse crescente no desenvolvimento e utilização de aplicações para smartphones para inventário florestal, pois estas permitem uma simplificação e automação do trabalho muito elevada. Contudo, existe ainda falta de evidências sobre a qualidade das medições e das estimativas, e sobre os reais custos e benefícios da utilização destas soluções em povoamentos de eucalipto e de pinheiro bravo em Portugal.
Desta forma, é importante reunir evidências suficientes que suportem a utilização mais frequente deste tipo de soluções.
Interesse crescente no desenvolvimento e utilização de aplicações para smartphones.
ATIVIDADES
O rePLANt, dentro desta área de atuação, vai desenvolver as seguintes atividades:
Adaptação das soluções existentes à realidade da floresta nacional
Testes reais em áreas piloto em Portugal
Comparação com as medidas obtidas através de técnicas convencionais
Resultados Preliminares
Um ano após o início do rePLANt, realizaram-se as I Jornadas Técnicas, nas quais os parceiros do projeto fizeram um ponto de situação sobre as atividades realizadas até ao momento.
Um ano após o início do rePLANt, realizaram-se as I Jornadas Técnicas, nas quais os parceiros do projeto fizeram um ponto de situação sobre as atividades realizadas até ao momento.
Primeira abordagem do mapa de ocupação florestal
A Tesselo e o ForestWISE, realizaram uma primeira abordagem do mapa de ocupação florestal recorrendo a imagens de satélite em tempo-real.
Relativamente às novas tecnologias para inventário florestal expedito, foram apresentados os resultados da análise às aplicações e as próximas etapas a cumprir.
Foram apresentados os primeiros mapas de ocupação do solo e informação sobre áreas ardidas numa plataforma digital acessível a todos os membros do consórcio. Nas fases seguintes, será desenvolvido um modelo de biomassa e monitorização de vegetação à volta de infraestruturas.
Estas novas tecnologias para o conhecimento da floresta, vão permitir a recolha de informação e a avaliação sobre o estado atual das florestas.
Novas tecnologias para inventário florestal expedito
O ForestWISE CoLAB falou sobre o seu trabalho de inventário florestal, que consiste na avaliação do que existe na floresta com vista à tomada de decisões. Este inventário permitirá conhecer o número de árvores ou a quantidade de madeira existente numa área, para termos a perceção do seu valor.
O método convencional de inventário apresenta custos e requer equipamento especializado e conhecimentos técnicos. Porém, existem atualmente aplicações para telemóvel, acessíveis a qualquer pessoa, que permitem fazer o inventário florestal de uma forma simples e com menores custos. Neste momento, o ForestWISE encontra-se a testar algumas destas aplicações.
Desta forma, foi feita uma pesquisa sobre o que já existe no mercado, comparando com os métodos convencionais com o intuito de encontrar as que poderão ser utilizadas nas nossas florestas, acessíveis aos proprietários florestais e a outros agentes.
Uma das aplicações de recolha de dados em teste é a da KATAM que foi utilizada para uma ação de experimentação e demonstração que permitiu perceber o seu funcionamento e recolher os primeiros dados a comparar com os processos de inventário florestal convencionais.